Ego 2: A Festa
Letreiro neon colorido. Tarde da noite. Cerveja. Vinho. Rum. A garota passava a mão pela bancada de madeira, pensativa. Barbara Coelho bebia e respondia alguns olhares aqui e ali, com seus olhos azuis de calmaria.
Olhos que contradizem o resto de si mesma, uma tempestade. Recebeu uma mensagem. “Sinto sua falta”. Mas você terminou comigo, ela pensou. Uma bagunça de tristeza e alívio irradiou. Mais um olhar a olhou. E para a pista de dança ela foi. Se perdeu, ou se encontrou? Não sei dizer.
Acordou meio-dia, com uma tremenda dor de cabeça, comeu as bolachas do pacote que estava na mesa e bebeu água. Quantas bocas beijou? Não se lembra. Por que beijaria? Liberdade? Vingança?
Barbie, como a chamavam, liga seu notebook e começa a trabalhar. De repente se lembra da mensagem que recebeu e encontra uma resposta para ela. “Sinto muito, mas não me importo mais”, ela envia. E ela se importava… ainda. Então, o dia e a vida seguem.
Ass.: F.F.C.